Este é o 10º post da série de mini-entrevistas com especialistas e
estudantes convidados que vão apresentar seu ponto de vista para perguntas-chave sobre educar em cidadania digital, tema do nosso novo projeto, a plataforma colaborativa Pilares do Futuro
Bacharel em Sistemas de Informação, MBA em Sustentabilidade em Tecnologia da Informação e Comunicação (LASSU), graduanda em matemática e pós-graduanda em Computação aplicada à Educação pela USP ICMC. Atualmente é Design de Tecnologia Educacional no Colégio Miguel de Cervantes, coordenadora da Comunidade Praxis e coordenadora da Comunidade Te & Ti Partners Brasil.
Como você definiria a importância de educar para a cidadania digital atualmente?
Sempre soubemos da importância de educar e compartilhar nossas experiências, mas o ano de 2020 impactou a rotina de todos. Muitas pessoas viveram a necessidade crescente de se apoiar em alguma experiência inovadora, alguma tecnologia que prendesse a atenção dos alunos, ou alguma ação que pudesse amenizar todo o impacto das mudanças, com o objetivo contínuo de oferecer cidadania, momentos produtivos, saudáveis e colaborativos. A cidadania digital pautou toda e qualquer ação educativa; qualquer detalhe do mundo virtual, grande ou pequeno, exigiu atenção redobrada. Nunca estivemos tão conectados como hoje. Isso, em minha opinião, evidencia a importância de trabalhar a cidadania digital em todos os âmbitos e chama a atenção para o papel preponderante da escola, na figura do professor, dos estudantes e de todos os envolvidos nesse processo.
Quais os temas você considera prioritários de serem trabalhados pela escola?
Considero importante um olhar direcionado e atencioso, pois é preciso trabalhar cada momento de maneira individual, respeitando a realidade de cada instituição. É necessário focar na prevenção, trazendo à tona temas relevantes como fakenews, phishing e cyberbullying, amplificando conceitos da cidadania digital como a saúde e o bem-estar digital. Precisamos discutir direito e responsabilidade, treinando a escuta e tornando os alunos protagonistas das iniciativas e dos projetos de cidadania digital, para que desenvolvam a capacidade de saber como e quando usar a tecnologia digital.
Gostaria de recomendar algum material ou publicação de orientação que pode inspirar a elaboração de boas práticas?
Recomendo um tour pelo site da comunidade TE e TI Partners, que surgiu no formato de uma tímida fanpage de Tecnologia Educacional e Sustentabilidade em 2012 e, com o passar dos anos, se tornou uma sólida comunidade de profissionais e especialistas em Tecnologia Educacional e Tecnologia da Informação voltados à educação, cujo objetivo é apoiar colegas que atuam em outras instituições, ampliando o compartilhamento de experiências e conhecimentos entre as áreas , estreitando a parceria e o alinhamento de processos e serviços por meio de encontros presenciais, lives e grupos em redes sociais, sempre em busca das melhores e mais adequadas soluções para potencializar as aprendizagens de todos os envolvidos nessa área, sejam eles alunos, educadores ou gestores.
Conhece alguma boa prática em cidadania digital que poderia relatar brevemente?
Pensando no ensino remoto, para as aulas recomendo o site (espanhol) pantallas amigas, que apoia as abordagens relacionadas à cidadania digital. Para as famílias, prescrevo o curso do NIC.br totalmente gratuito e on-line organizado pelas brilhantes instrutoras Kelli Angelini e Karolyne Utomi, chamado Filhos Conectados. O curso oferece todo o conteúdo que pais, mães e responsáveis precisam para proteger seus filhos e filhas no ambiente digital e para prepará los para utilizar a Internet da melhor forma possível. E para as escolas, recomendo os projetos e as palestras realizadas pela da Dra. Cristina Sleiman, tive a oportunidade de participar de alguns projetos educacionais organizados por ela, e sem dúvida aprendi muito, foi de grande valia para minha atuação profissional e social.
O que você considera mais desafiante: elaborar uma atividade educativa sobre cidadania digital ou registrar e compartilhar a atividade?
Como design de projetos, para mim é prazeroso poder elaborar, registrar e compartilhar atividades sobre cidadania digital. Todavia considero desafiador cimentar projetos de etiqueta ou alfabetização de cidadania digital, e fazer suas ações perdurarem de modo a não apenas remediar a causa inicial de um eventual problema, mas transformando-os em gatilhos preventivos que possam evitar situações futuras inóspitas, e compor a rotina diária dos usuários super conectados do século XXI.
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