Sua doação vai ajudar a produzir um material de apoio para incentivar a criação e o desenvolvimento de políticas públicas educacionais inovadoras focadas no acesso aberto ao conhecimento para toda a sociedade

 

Estamos em 2016. Mais um período de eleições se aproxima e com ele uma série de demandas sociais serão evidenciadas, dessa vez localizadas nos mais de 5 mil municípios brasileiros. Queremos aproveitar esse momento e lançar uma campanha pública para receber doação de pessoas físicas ou jurídicas para elaborarmos um guia sobre educação aberta e recursos educacionais abertos para gestores públicos.

Se você já quer participar, acesse aqui.

If you are from OER Global Community and want to support us to create a OER Guidebook for Brazilian Policy Makers, please  click here

Se você tem dúvida ou acha estranho contribuir no financiamento de algo que vai ser voltado para “políticos” e funcionários/assessores de órgãos públicos, leia o contexto abaixo e depois nos diga se você apoiaria ou não. Sabemos que a cultura de doação é um desafio no Brasil, ainda mais para beneficiar aqueles que foram eleitos para, em tese, beneficiar a toda a população.

Pra começar, veja como tudo surgiu

Com a expansão do acesso à internet, diversos movimentos pela liberdade de acessar, compartilhar e adaptar trabalhos e obras criativas têm ganhado força e se justificam pelo direito à educação e à cultura. Foi baseado nessa premissa que nasceu o movimento mundial dos Recursos Educacionais Abertos (REA) em um congresso da Unesco em 2002, com uma ideia simples: o conhecimento é um bem da humanidade e deve, portanto, estar acessível a todos.

Quando materiais didáticos e educacionais são considerados bens públicos, todos podem se beneficiar: professores, estudantes e autores interessados na utilização da sua produção. Quando tais materiais são pagos com dinheiro público, faz ainda mais sentido que sejam bens públicos, concorda?

Aqui, um resumo do trabalho de “advocacy” (defesa de uma causa) que já fizemos

Desde 2011, o Educadigital, por meio do projeto REA.br vem realizando ações de advocacy pela causa REA no Brasil. O objetivo é transformar a política pública de acesso a recursos educacionais financiados com dinheiro público. Dentre os avanços na política pública brasileira, podemos destacar o  Plano Nacional de Educação aprovado em 2014, que contempla REA em duas de suas metas, a aprovação de um decreto na cidade de São Paulo em 2011, e a criação de projetos de Lei Federal e três Estaduais em (São Paulo, Paraná e Distrito Federal)que estão em tramitação.

Nosso trabalho pela causa envolveu também diversas formações no Ministério da Educação, Capes e em secretarias de educação municipais e estaduais.  Em 2012, lançamos na Casa da Cultura Digital o primeiro livro sobre REA no Brasil, com artigos e relatos de experiência. Nas últimas eleições para deputados, senadores, governadores e presidente, realizamos uma campanha nacional Carta Compromisso Educação Aberta, para dialogar com os políticos sobre os Recursos Educacionais Abertos.

E por fim, em agosto de 2015, mesmo com a crise política que assola o país, articulamos com as comissões de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados a organização de um Seminário Internacional sobre Recursos Internacionais Abertos em Brasília, voltada a pesquisadores e, principalmente gestores e legisladores públicos. O evento contou com a presença de palestrantes internacionais, como Hal Plotkin, responsável pela implementação da política de REA do governo Obama nos Estados Unidos.

Enfim, por que queremos fazer um guia para gestores?

Consideramos o momento propício para reforçar a causa da Educação Aberta (EA) e dos Recursos Educacionais Abertos (REA) para os futuros prefeitos. Atualmente, as prefeituras brasileiras estão cada vez mais cedendo às pressões do mercado e adotando sistemas de ensino apostilados e fechados, embora recebam livros didáticos do MEC, que por sua vez, investe anualmente bilhões em compras. É preciso apresentar alternativas que tenham como foco um melhor uso do dinheiro público, e ao mesmo tempo, tragam novas abordagens de formação docente em tempos de cultura digital, como por exemplo, incentivar a autoria de docentes na produção de materiais educacionais.

Nossa experiência de trabalho nos últimos anos demonstra que ainda existe muito desconhecimento e confusão em relação aos conceitos de “aberto” e “gratuito”, mesmo nos  departamentos jurídicos das secretarias de educação, fato que leva à insegurança de se optar pelo uso de licenças flexíveis como as Creative Commons.

Queremos ajudar os novos gestores e suas equipes técnicas a de fato criarem políticas públicas abertas, que beneficiem toda a sociedade, até aqueles que não estão formalmente matriculados no sistema de ensino. A publicação será a primeira nessa linha no Brasil, mas vamos usar como referências materiais internacionais semelhantes, como o Guiidebook Free to Learn, de Hal Plotkin.

Estamos neste momento buscando estabelecer parcerias técnicas e de conteúdo com instituições parceiras (CGI, ITS, Labhacker, Creative Commons etc), assim como participando de editais de financiamento que contemplem a temática.

Queremos muito contar com a ajuda da sociedade civil, de pessoas ou empresas que queiram participar desse movimento, colaborarando com essa produção, pois acreditamos nos princípios da economia colaborativa cada vez mais emergente nesse mundo digital. Todos os apoiadores terão seus nomes citados na publicação, que estará disponível na internet, é claro!

Curtiu? Contribua já! Clique aqui.

Ou, por favor, responda nossa enquete! Isso vai nos ajudar a mapear as oportunidades que temos para viabilizar esse projeto! 🙂

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