Nova plataforma digital vai atender a execução do Compromisso 6 do OGP-Brasil que trata da criação de um novo modelo de avaliação, aquisição, fomento e distribuição de recursos educacionais digitais pela política pública
Dia 16 de março, o Ministério da Educação (MEC) reuniu em Brasília representantes de universidades federais parceira e membros do grupo da sociedade civil envolvidos na cocriação do Compromisso 6 do 3º Plano de Ação da Parceria Governo Aberto para conhecer a proposta e apontar sugestões para a nova plataforma educacional sobre recursos digitais.
Elaborada por um convênio entre a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a plataforma vai reunir todo o acervo de quase 20 mil objetos educacionais digitais do MEC, antes distribuídos no Portal do Professor, Banco Internacional de Objetos Educacionais, Domínio Público e TV Escola. Elaborada em software livre, o ambiente vai possibilitar que educadores busquem e baixem recursos disponíveis e também montem suas próprias coleções de objetos preferidos que poderá ser compartilhada com todos os usuários. A dinâmica será muito parecida com o que se costuma fazer nas “playlists” dos sistemas de música por streaming.
Para que a nova plataforma contemple os objetivos do Compromisso 6, será preciso identificar com bastante clareza para os usuários quais são os objetos disponíveis de forma gratuita e os que são abertos, isto é, os REA (com licenças que permitem o uso, reuso e adaptação). Além disso, será fundamental promover a formação de educadores sobre como compartilhar seus próprios recursos educacionais, sejam eles originais ou remixados. Para isso, o MEC vai contar com o suporte do Instituto Educadigital e da Cátedra UNESCO de Educação Aberta por meio da Iniciativa Educação Aberta, uma ação conjunta das duas organizações para fortalecer o trabalho pela causa no Brasil. “Uma de nossas primeiras atividades é a campanha de financiamento coletivo para construir o RE-li-A, uma plataforma que indica apenas objetos digitais licenciados abertamente”, conta a diretora-executiva do Educadigital, Priscila Gonsales. “Nossa intenção é que o RE-li-A seja absorvido pelo MEC com essa nova plataforma que está sendo elaborada”, esclarece.
Além de destacar os princípios dos REA, o Compromisso 6 aponta a necessidade de estabelecimento de um processo descentralizado de curadoria dos objetos digitais, que está sendo estruturado pelo CIEB, também participante do grupo de cocriação formado pelo OGP. “Sempre foram somente as universidades federais as responsáveis pela análise qualitativa dos materiais educacionais indicados pelo MEC. Com o Compromisso do OGP, a ideia é ampliar, trazer outros atores, como técnicos de secretarias de educação, ONG e pesquisadores”, explica Lucia Dellagnelo, presidente do CIEB.
Entrevista no call global
No dia 29 de março, o MEC, o OGP-Brasil e o Instituto Educadigital foram convidados pelo grupo do OGP-Global para uma audioconferência sobre o Compromisso 6. Saiba mais aqui.
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