Convidado para o 22o Congresso ABED, o especialista vai apresentar um panorama da política de recursos educacionais abertos do governo norte-americano
De 2009 a 2014, Hal Plotkin foi consultor senior do Departamento de Educação Norte-Americano e esteve à frente da ousada política de Recursos Educacionais Abertos do governo Barack Obama que investiu US$ 2 bilhões na produção de materiais curriculares com licença aberta voltados a estudantes de universidades comunitárias e colégios técnicos. Nascido em Palo Alto, na Califórnia, cidade em que trabalhou como jornalista durante 25 anos, Plotkin, ao contrário de seus antecessores em um cargo de alto escalão, não estudou em Harvard, Yale ou Stanford. Ele é justamente formado por uma das 1700 universidades comunitárias – em inglês, “Community Colleges” – que existem no país e atendem cerca de 18 milhões de alunos. As universidades comunitárias ou são totalmente subsidiadas pelo estado ou são privadas com mensalidade baixa e sem qualquer exigência de admissão como as faculdades renomadas.
Plotkin esteve no Brasil em agosto passado, para o Seminário Internacional de Recursos Educacionais Abertos (REA), organizado pelas Comissões de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados em parceria com o Instituto Educadigital. Este ano, convidado pela Associação Brasileira de Educação a Distância (ABED) para uma palestra magna e um mini-curso sobre REA, Hal pretende abordar o papel da política pública no fomento e implementação de políticas focadas em educação aberta, na qual materiais adquiridos com recursos públicos sejam de fato públicos. O professor brasileiro Stavros Xanthopoylos, representante do Brasil no Open Education Consortium também estará no Congresso ABED e vai abordar o tema da educação aberta e a educação do futuro.
Plotkin mantém um blog em que registra informações sobre iniciativas REA em todo o país (Califórnia, Utah, Ohio, Washington e Florida são alguns dos estados com experiências concretas) e produziu um guia para apoiar instituições de ensino interessadas em usar, criar e compartilhar REA, publicação online em inglês, licenciada em Creative Commons, que já teve mais de 10 mil downloads em todo o mundo. Mas, segundo Plotkin, o projeto que mais trouxe repercussão para o tema dos REA foi o concurso Why Opened Matters (Por que materiais abertos), realizado com apoio da Open Society Foundation, em 2012, que premiou videos e animações que explicassem o conceito de REA. Foram 300 inscritos de vários países.
O Educadigital e o CGI.br vão organizar no dia 23 de setembro um bate-papo com Hal Plotkin para convidados representantes de instituições da sociedade civil engajados com o tema da educação.
Leia entrevista em Português com Hal Plotkin no site do projeto REA.br